Intestino e Probióticos - Take 3 (PrEbióticos)
Olá a todos!
Obrigada pelo interesse neste assunto, neste post finalizo a minha sequela de "Intestino e Probióticos" com o tema dos prebióticos. Se por acaso ainda não leu os posts anteriores aproveite agora para ler aqui o Take 1 e o Take 2, pois só assim este post fará sentido.
Portanto a questão que se coloca é:
O que são os PrEbióticos?
Os prebióticos não são organismos vivos, são alimentos funcionais, não digeríveis da nossa dieta que influenciam positivamente as bactérias intestinais, estimulando selectivamente o seu crescimento e actividade, ao mesmo tempo que diminuem a actividade de microorganismos potencialmente patogénicos. Também Activam o funcionamento do sistema imunitário, promovem absorção de cálcio e magnésio, potenciam a síntese de algumas vitaminas, reduzem a flatulência, prisão de ventre e diminuem o risco de ter uma doença inflamatória intestinal e cancro do cólon.
Os prebióticos são essencialmente fibras alimentares, de origem vegetal que contribuem para o peristaltismo intestinal. Numa dieta saudável devem incluir-se entre 25 a 30 gramas de fibras por dia, que podem ser fornecidas através da ingestão de verduras, legumes, cereais e frutas. Os dez alimentos que têm maior acção prebiótica são (por ordem decrescente):
- Feijão branco;
- Favas;
- Figos secos;
- Ameixas secas;
- Ervilhas;
- Puré de batata;
- Grão;
- Amêndoas;
- Lentilhas;
- Pistáchios.
Seguidamente a estes, incluem-se as avelãs, milho, tâmaras, amendoins, marmelo, espinafres, acelgas, nozes, azeitonas, bananas, couve e repolho, feijão verde e cenouras, figos, peras, alho-francês , kiwi, couve- flor, damascos, ameixas, maçãs e laranjas.
É importante reforçar que a ingestão de quantidades suficientes de fibras na nossa alimentação previne também o aparecimento de outros problemas de saúde, nomeadamente:
- Obstipação (e seus efeitos nefastos);
- Doença diverticular;
- Cardiopatia Isquémica,
- Diabetes Mellitus;
- Insuficiência Renal;
- Hipercolesterolémia;
- Obstrução de artérias e por conseguinte o risco de Enfarte Agudo do Miocárdio;
- Vários tipos de cancro, em especial tumores do cólon e recto.
Em conclusão, ingerir alimentos ricos em probióticos é excelente para a nossa saúde em geral, mas o ideal é também cumprir uma dieta rica em prebióticos pois estes são na verdade os alimentos das nossas bactérias intestinais, contribuindo para a sua regulação e actividade benéfica, ao mesmo tempo que têm um importante papel na prevenção de outros problemas de saúde.
Para quem quiser ficar a saber mais sobre este assunto aconselho vivamente o livro de Miguel Ángel Almodóvar "O Segundo Cérebro" e"A saúde passa pelo intestino" de Serge Jurasunas.
Deixo ainda vários links para alguns artigos online, também muito interessantes.
Aprendi muito nestas pesquisas e espero que estes posts contribuam para melhorar a saúde de todos nós.
Até muito breve e bom resto de semana. ![]()
